domingo, 9 de junho de 2013

Boas experiências: positivas e negativas

               A introdução da leitura na vida das pessoas é uma transposição do tempo e do espaço, conhecer lugares possivelmente desconhecidos e que talvez, nunca serão visitados. Ler iguala as classes sociais e transforma qualquer um, pois o caráter e a personalidade serão lapidados pelo que é aprendido. Através dessa habilidade constroem-se sonhos, formam-se críticos e desenvolve-se a reflexão do leitor, dando outros valores às coisas mínimas da vida.
Sob esse prisma, leitura, Newton Mesquita endossa sabiamente que "...aquilo (que lê) toca na sua essência e detona tantas ideias e fantasias que se tornam parte de sua vida" 
               A leitura é uma experiência inenarrável, reporto-me a um momento ímpar em minha vida. No período de alfabetização, adorava pegar o ônibus com a minha mãe aos fins de semana e sentar-me à janela só para vencer um desafio pessoal e particular proposto por mim: olhar pela janela e tentar ler os nomes das lojas, ruas, faixas, placas de trânsito e tudo quanto fosse possível, desde que rápido e com perfeição. Esses eram os momentos de felicidades, pois percebia que estava aprendendo.
               No entanto, durante a sétima série, quando era proposta a leitura compartilhada, sentia-me constrangida, mesmo sabendo ler, sofria com a remota hipótese de errar a pronúncia ou não saber respeitar a pontuação do texto proposto. O receio era tão grande que fatalmente influenciava, negativamente, na minha desenvoltura.
               Já no ensino médio, momento em que conheci "Macunaíma" a leitura veio com outro sabor, tornei-me "ávida por conhecer as coisas e saber mais" (J.C. Violla). A leitura me deixou instigada e tentada a desvendar os mistérios dessa obra tão especial e incrível.
               Nesse processo de leitura, o artigo de Wander Soares "Quem não lê, não escreve" também teve um papel renovador no meu aprendizado, pois descobri, infelizmente, que fazia parte da porcentagem que não lia durante a infância, por motivos externos (pais não alfabetizados, sem hábito leitor; escolas quase sem incentivos para desenvolver o meu prazer em aprender.)
               Logo o gosto pela leitura veio por intermédio de amigos leitores e uma professora, contadora de histórias que tive na quinta série, que despertou em mim a vontade de ler tanto e tão bem. Faço das palavras de Wander Soares as minhas: "quem não lê, não escreve". Não lê o mundo, destarte não escreve a própria história.
Abraço

Gisele Reis

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